Em uma tarde MARAVILHOSA, no Madureira esporte Clube, o GRBC Acadêmicos de Madureria lançou seu enrendo Africanas raízes:as lendas dos orixás, com a presença ilustres do mundo do samba, como nossa rainha de bateria Nilce Fran, O intérprete do Império da Tijuca Pixuleh e o magnífico Tiaozinho cruz. Parabenizamos o presidente Josimar e ao vice Alexandre Imperial pela perfeição da festa, que ainda contou com segmentos do Imperio Serrano, Portela e Estação Primeira de Mangueira.
Confira a sinopse abaixo:
Acadêmicos de Madureira
Confira a sinopse abaixo:
Acadêmicos de Madureira
Enredo: “Africanas Raízes: as lendas dos Orixás”
Sinopse:
No início do mundo só existia o órun, então Olodumaré reuniu todos os
seus filhos, os Orixás, e mandou que fossem até o limite do órun e construíssem
um mundo onde governariam do jeito que quisessem. Os mais de 300 Orixás
caminharam até o limite do universo conhecido, para isso tiveram que atravessar
um grande e vasto deserto quente e seco, muitos Orixás desistiram e acabaram
voltando para junto de Olodumaré. Os pouco que restaram eram ajudados por uma
jovem moça vestida de ouro que embebia os lábios dos valentes guerreiros que
tentavam atravessar o grande deserto nos limites do órun.
Até
que depois de uma longa e exaustiva caminhada no deserto, chegaram ao limite do
órun, onde um grande abismo mergulhava no negro desconhecido do universo, onde
reinavam apenas o caos e o infinito imutável. Então, os dois irmãos mais velhos
dentre todos os Orixás, Oxalá e Odudua, chegaram até a beira desse abismo e
viram que alguém teria de se sacrificar para dar corpo ao novo mundo que
surgiria. Odudua, a Senhora das Vestes Negras, bateu com as mãos por cima de
sua cabeça e num ato de Magia das mais poderosas transformou-se no próprio
planeta que viria a ser habitado pelos Orixás; assim como a Gaia dos antigos
gregos, Odudua transformou-se no planeta Terra.
Mas
o novo planeta era apenas um corpo disforme, sem água, sem ar, sem terra, sem
nenhum elemento que poderia dar sustentação a vida. Foi então que Oxalá ordenou
que os Orixás começassem seu trabalho de sustentação da vida no novo planeta.
Primeiro
vieram uma mulher toda vestida de azul de mãos dadas com uma linda jovem
vestida de ouro, eram Iemanjá e Oxum. As duas seguraram uma imensa concha sobre
o novo planeta e dessa concha começou a sair água, a água cobriu toda a
superfície do novo planeta, mas isso ainda não era suficiente para proporcionar
que a vida surgisse.
Em
seguida, uma mulher guerreira toda vestida de vermelho aproximou-se do abismo
que dava para o novo planeta, era Iansã, que soltou um pássaro sobre o novo
planeta; este batia suas asas com tal intensidade que começou a agitar aquelas
águas calmas que já existiam, era o ar chegando onde só existia a água.
Logo
após uma senhora já idosa, toda vestida de violeta, chamada Nanâ Buruquê,
soltou uma galinha d’angola que pairava no ar e ciscava por sobre a água, e
naquele ciscar da galinha foi se desenvolvendo uma lama de onde surgiu a
primeira terra naquele planeta.
Com
terra, água e ar já poderiam descer todos os outros Orixás e começarem a criar
e povoar a nova terra, e foi o que fizeram.
Xangô
criou um reino para si chamado de Oyó. Ogum também tinha um reino chamado Irê,
mas ao contrário de Xangô, não gostava de reinar, preferia participar
ativamente das guerras; casou-se com Iansã, que logo depois o abandonou para ir
viver com Xangô, que teve três esposas, além de Iansã também foi casado com
Oxum e Obá, o que resultou em muitas brigas.
Nanã
Buruquê também desejou ter seu reino, o chamado Reino de Jeje, mas este estava
destinado a um de seus filhos: Oxumarê, que destronou a própria mãe ao se
transformar em cobra e soltar um arco-íris de sua boca. Já Obaluaiê preferiu se
tornar um andarilho e em suas andanças apaixonou-se por Ewá, que era uma
feiticeira poderosa e o aprisionou em seus feitiços. Foi salvo por outro
andarilho, Exu, que também conhecia de Magia e sempre cobrava por seus
serviços. Foi com as magias de Exu que Oxum conseguiu fazer com que Oxossi se
apaixonasse por ela e dessa união nasceu Logun-Edé.
Iemanjá
manteve-se no mar, reinando nos mares e oceanos. Ossãe escolheu a floresta para
habitar e foi um profundo conhecedor das folhas e de suas propriedades. Os
Ibejis eram crianças que nunca cresciam.
Era
a época de ouro do planeta Terra e é nesta história de magias,contos e lendas
que o Acadêmicos de Madureira pretende
viajar e contar um pouco de quando tínhamos Orixás habitando entre humanos,
seus feitos, suas histórias essas,tornaram-se lendas e formam a grande
variedade de mitos da Mãe África!
Carnavalesco
– Noan Hilton
Texto
: Vinicius Padilha
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